quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

UNESCO coloca país no 10.º lugar do ranking de casamentos de crianças; Governo lança campanha




O ministro da Educação de Moçambique, Jorge Ferrão, garantiu em entrevista ao jornal indiano The Saisat Daily, que o Governo está a lançar uma grande campanha de combate aos casamentos de crianças e gravidez na adolescência. Fenómeno muito «preocupante» para a UNESCO, que colocou Moçambique no 10.º lugar no ranking mundial dos casamentos de crianças. 

«o Governo está a trabalhar em legislação mais apertada e eficaz, a criar grupos de apoio personalizado e anónimo às crianças e adolescentes que engravidam ou vivem em casamentos abusivos e em combater o abandono escolar. Jovens mais cultos estarão mais preparados para se defenderem e vencerem na vida», frisou Jorge Ferrão. Além disso, já foram lançadas campanhas de sensibilização para o problema.

Em Moçambique, a idade legal para o casamento começa aos 18 anos, embora possa acontecer aos 16 se houver consentimento dos pais. Mas as violações à lei são constantes em diversas regiões do país.

A pobreza é a principal causa para que as raparigas se casem e engravidem muito cedo. Com isso vem o abandono escolar. Até aos 15/16 anos as raparigas preenchem a maioria da população escolar, depois disso o cenário inverte-se. A UNESCO considera ainda que as raparigas que casam com menos de 18 anos ficam muito expostas a casamentos abusivos e a doenças sexualmente transmitidas.

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