O Programa Alimentar Mundial - PAM - lançou esta segunda-feira (18/01) um alerta para o facto de que em 2016 e devido à seca, cerca de 14 milhões de pessoas na África Austral poderão estar ameaçadas de fome.
Em causa está o fenómeno climatérico El Niño que desde 2014 assola a região e afecta directamente as colheitas, o que faz disparar os preços.
Os países mais afectados segundo o PAM são o Malawi, Madagascar e o Zimbabué, mas também embora em menor escala Angola, Moçambique, o Lesotho e a Suazilândia.
Abordamos esta questão com Maurício Xerinda, director do Centro Nacional Operativo de Emergência, no seio do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades - INGC - em Moçambique, que tal como Angola é um país simultaneamente afectado pela seca no centro e sul do país, que colocou cerca de 176 mil pessoas em risco de insegurança alimentar e por inundações no norte, que desde Outubro já causaram 35 mortes, privaram 23 mil pessoas dos seus bens e culturas e onde foi decretado o alerta laranja.
Para Maurício Xerinda estes "números não são ainda alarmantes", ele "rejeita o espectro da fome" e garante que Moçambique dispõe de "reservas alimentares" esperando que "a boa campanha agrícola que se aguarda no norte, produzirá excedentes" que poderão ser encaminhados para o sul.
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